Caderno de Anotações Breves e Memórias Tardias | Theo G. Alves

[Poesia]

Brochura, em papel avena 90g, 116 pgs
Formato: 15 x 21 cm
Tiragem de 400 exemplares
 
R$: 30,00 (+ R$ 6,00 - frete simples)
Aquisição: edsolnegro@hotmail.com
 
"A poesia de Theo transcende. Faz a vida expandir e ultrapassar o infinito. Logo no primeiro poema, quando ele quer sonhar como sonham os Yanomami, ele nos faz tocar o peito do céu e distanciar todo o sufocamento da cidade, das dores e do barulho das ruas e entrar no universo mais bonito que pode existir, o de dentro. Transborda o espaço da poesia, da palavra, da imaginação e da gestação de si.
O silêncio das pequenas coisas ecoa no livro inteiro, até quando o poema grita que nenhuma palavra impediu a morte da sua avó, nem salvou da morte os meninos refugiados da Síria, mas salva esse instante, esse tempo, esse mundo tão estreito e imenso. Nos salva.
As anotações breves e as memórias tardias se abrem como um sol a cada página percorrida. Sol daqueles que aparece de manhãzinha e vai esquentando todos os cantos até anoitecer de novo e procurar “quantas letras são necessárias para que eu escreva seu nome?” até encontrar o idioma secreto da poesia.
 Theo nos leva a delirar, como quis Manoel com o verbo, e colhe um poema em um filme de Hong Sang-Soo. E derrama sua chuva nas cidades, no homem empurrando a carroça e nas estações, pelo chão, na esperança despida. E espera o poema, e se recria, nos reinventa, venta, faz viver.
Ler as anotações-poemas faz sentir a vida da maneira mais profunda que podemos alcançar. Recordei em vários momentos das anotações de Fernando Pessoa e o seu Livro do Desassossego. E vamos além, dos telhados das casas, da vista, do distanciamento, da saudade, desse mundo.
 O poema “O que deixamos lá fora” ficou forte aqui, quando diz: “o mundo está lá fora/ eu sei/ mas precisamos esperar/ ainda/ um tanto mais”.
O mundo se anuncia em vários espaços trazidos por Theo, em sua escrita viva, sagrada, em que podemos acessar melhor o tempo da existência, o tempo de sua poesia, tão antiga e tão contemporânea, como são os grandes escritores."
Michelle Ferret
 
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