Sua poesia é marcada por um verdadeiro furor poético e uma crença na palavra como veículo de êxtase e revelação. Não à toa, foi estudiosa da Cabala e membro da Ordem Rosacruz.
Diferente de muitos de seus pares, não entendia a poesia como uma carreira ou uma forma de deixar um nome para a posteridade, mas a vivia como uma experiência visceral do ser em busca de conhecimento e libertação.
Viajante incansável, percorreu inúmeros países e viveu longos períodos na Guatemala, México e Estados Unidos. Atuando como jornalista e tradutora, escreveu e publicou contos, ensaios e artigos por onde passou.
Os oito poemas longos que compõem Os elementos terrestres (publicado originalmente em 1948) cantam o encontro entre “o amado e a amada” de forma física e mítica, com alta carga erótica e simbólica.
Publicou ainda Zona en Territorio del alba (1953) e El tránsito de fuego (1957), sua obra mais longa e ambiciosa, um épico de caráter alegórico-dramático sobre a criação do mundo baseado tanto na mitologia clássica como em sua própria mitologia pessoal.
Eunice Odio morreu em 1974, aos 54 anos.