Os últimos cavalos renasciam sem a tristeza dos campanários | Alain M. Bisgodofú

[Poesia]

Brochura costurada, em papel avena 90g, 132 páginas
Formato: 14 x 20 cm
Tiragem de 70 exemplares
 
R$: 40,00 (+ R$ 8,00 - frete simples)
Aquisição: edsolnegro@hotmail.com
 
Contra os sonhos coloridos, contra a paz de plástico & inodora, contra o asseio à mesa da poesia, Alain Mohammad Bisgodofú escreve seus poemas. Com palavras que pesam toneladas & versos que soam como martelos ou chutes no peito, desfere uma crítica feroz à vaidade de uma cultura hipnotizada pelas telas dos espelhos & seu longo rol de hipocrisias & inverdades. Numa poesia sem meias-palavras, ácida e socialmente contundente, mas também aberta ao sonho e à deriva, e elástica o suficiente para abarcar de poemas-porrada cheios de raiva, rebeldia, ironia & rancor a um lirismo memorialístico de sabor regional cheio de lampejos de brasilidade, louvores aos seus “mestres” e autores de culto, panfletos niilistas & individualistas perpassados por imagens surpreendentes como novas formas de vida, e versos que às vezes parecem sonhos passeando num parque de diversões macabro concebido por uma trupe de artistas dadaístas e situacionistas. Poesia do “eu” – de alguém histórico e inserido no mundo – mas cuja força imaginária transcende essa própria condição; e poemas para serem sobretudo oralizados, cuja potência plena se ouve na voz de seu autor, com seu tom de urgência & verdade intempestiva. Neste volume que o leitor tem em mãos, reúnem-se 38 poemas – ou “sonhos à preço de chumbo”, nas suas próprias palavras – que dão uma boa mostra do poder de fogo desse poeta desgovernado.
Márcio Simões.
 
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